"Além de abrir espaços alternativos e originais para as artes plásticas, Oscar Araripe destaca-se no cenário nacional pela singularidade da sua linguagem plástica. No ano passado, recriado desenhos pré-históricos encontrados em sítios arqueológicos do Brasil, ele demonstrou que a arte contemporânea e a milenar arte rupestre se equivalem, em matéria de liberdade formal e procura de signos plásticos de valor universal. Agora,na mostra "Extinção nunca Mais",ele revela o mesmo traço libertário que fazem de suas composições um jogo de energia visuais, no qual emoções e espontaneidade do gesto criador funde-se em cada impulso criativo. Araripe trabalha com tela sintética ( vela náutica), tintas e resinas especiais, encontrando também soluções inovadoras no que diz respeito à materialidade da obra. Sua mostra no Jardim Botânico, uma das mais importantes manifestações da Rio-92, é também o manifesto plástico de um artista em permanente ebulição,que busca a síntese entre temas arquetípicos e um idioma visual baseado no equilíbrio entre a intuição e a harmonia das formas".
Mário Margutti - 1992 - in Jornal do Comércio, sobre a exposição Extinção Nunca Mais, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, durante a Conferência Mundial das Nacões Unidas - Rio 92.